9 de agosto de 2012

Como se a alegria recolhesse a mão pra não me alcançar.

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4 de julho de 2012

Vejo Caio, um velho amigo, sentado em uma cadeira revestida de couro, com seus fatigados pés apoiados em cima da mesa central de madeira que comprei naquela loja que você me indicou. Não falamos nada, não agimos, sem manifestações. O silêncio parece me pegar no colo, enquanto deito a cabeça e respiro fundo. Cada vez que solto esse ar pesado que ando inspirando ultimamente, parece que a negatividade vai junto, aliviando. E todas aquelas palavras que me perseguem até hoje, por questão de segundos eu as despisto, mas é como se eu estivesse tentando fugir de um labirinto.

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18 de março de 2012

Perdão em uma cena.

Eu associo o perdão à uma cena antiga, onde há uma pessoa que já considerei muito andando tranquilamente em um chão batido, como se cada passo dado fosse um dia da vida indo embora. Enquanto ando devagar e cansada, a pessoa continua firme e forte lá na frente, seguindo a vida de uma maneira não necessáriamente certa, porém boa, não olhando pra trás pra saber se estou firme ou se eu tropecei em alguma decepção pelo caminho.
Aos poucos me levanto, limpo a cara cheia de areia enquanto continuo o caminho, os dias vão passando e os passos não param. Vou caminhando, seja mancando, seja com muletas, mas estou alí, independente de como. Sigo e com o tempo acabo me tornando mais forte, mais resistente, ou pelo menos finjo. Perco a pessoa de vista, afinal, os dias ficaram mais longos para mim. Assim que eu levanto completamente, já consigo caminhar sem as muletas, que jogo num terreno no meio do caminho e aperto o passo, meus dias passam mais rápido.
O tempo passa e depois de muito andar vejo alguém logo alí, caído a alguns passos e lembro de como fiquei lá atrás, caída, sem forças nem pra rastejar, com dias que pareciam não acabar nunca. Chego ao lado e olho para pessoa, o olhar sorrateiro dela deixa evidente o inchaço do rosto, tentando disfarçar os olhos túrgidos e as olheiras por estar chorando a muitos passos, tenta disfarçar e acena. Dou aquela risadinha de canto de boca, pisco leve e olho pra frente, vejo que tem muito pra ir e que estou bem, tenho condições de ajudar alguém a ir comigo. Dou vários passos e quando olho pra trás percebo que ela não saiu do lugar, e só piora. Passo a mão na cabeça, no rosto, penso no quanto eu poderia cair pra voltar e em quantas pedras eu posso tropeçar, mas mesmo assim eu volto. Respiro fundo e estico o braço, solto com uma voz leve aquele "vem" que todos um dia gostariam de ouvir. Seguro firme com as duas mãos e mantendo-a em pé por um tempo. Abraço forte, limpo um pouco a sujeira de sua cara, sorrio e volto a caminhar.
Posso ajudar a levantar, mas não posso caminhar pela pessoa. E hoje, toda vez que olho pra trás, lembro que só existe vida para frente.

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8 de fevereiro de 2012

Quando você acaba sentindo-se incompetente de conseguir alguma coisa que almeja e por fim, desanima.

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8 de novembro de 2011

10!

Está escuro, o ruído da janela está mais forte, não ouço nada além da minha respiração ofegante. O quadro pendurado na parede desbotada está velho, lembro-me de quando resolvi pendurá-lo ao lado da minha cama, talvez como uma forma de conforto ao acreditar que poderia me fazer companhia. Minhas pernas estão inquietas e meu coração batendo mais forte.
Poderia ser de outra maneira, mas sempre te falei que o ser humano procura a maneira mais fácil de resolver as coisas: o refúgio. Fui fraca, porém racional. As vezes quando paro em frente à janela, penso que tudo foi em vão. Todo o tempo que levamos para nos acostumar com os nossos defeitos, a confiança que você me passou, na qual me apoiei, as manias que acabaram virando apenas detalhes nos quais eu já não me importava mais... Acabei deixando-lhe tudo, em um lugar onde espero não ter que voltar.
Não procuro pessoas, elas não seriam capazes de comprender meus sentimentos, elas podem ser igual a você, tenho medo. Não há companhia melhor que a minha, não há consolo melhor que o meu, não há melhor palavra do que o silêncio, estou muito bem.
A substituição não vai saciar a saudade de quem errou, ou você viverá sobre eternas lembranças, ou acabará tentando esquecer. Com o desgosto que sinto, será mais fácil tentar esquecer, pois não sinto vontade de lembrar, me vejo vazia quando penso no passado.
Espero que você possa se acostumar com a falta. A falta é consequência e para você, a perda é a consequência mais merecedora.
Sinto falta, muita falta... Das minhas violetas!
Não me espere para o jantar, Alice.

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13 de outubro de 2011

Quando o 'não acredito em mais nada' entra pela porta da frente, senta no sofá, acomoda os fatigados pés na mesa de centro, pede um copo de whisky, olha nos meus olhos e diz que não tem previsão para ir embora, eu ofereço o quarto de visitas?

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Eu coleciono muitas coisas erradas, principalmente mentiras.

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25 de junho de 2011

"A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade com as consequências destas ações.
Lembre-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado." [Pedro Bial]

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12 de junho de 2011

FFF

FOCO, FÉ e FORÇA!

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29 de maio de 2011

Olha,

eu não aguento mais.

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